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Paixão e capital representam como o futebol se tornou alvo de investimentos bilionários

Atualizado: 25 de nov. de 2024

As mudanças no esporte ao longo dos últimos anos são representadas pela entrada do dinheiro neste mundo


Por Guilherme Vargas e João Victor Constantino


Em uma região periférica do país, em meio às cinzas que restam do futebol tradicional, em Goiânia, um dragão mostra sua força. Fundado em 1937, o Atlético Goianiense foi a primeira equipe de futebol profissional de seu estado, e é um exemplo quando se trata de gestão. No entanto, essa nem sempre foi a realidade do clube, que atualmente está na Série A do Campeonato Brasileiro.


No início do século XXI, o time passou por uma grave crise financeira, que chegou a ameaçar fechar as portas após a demolição de seu estádio, o Antônio Accioly. Porém, com o apoio de sua torcida, o rubro-negro conseguiu se reestruturar e, hoje, figura na elite do futebol nacional.


O Atlético é um clube de origem popular. Sua fundação está ligada diretamente a uma iniciativa comunitária, fruto da ação de moradores e pequenos comerciantes do tradicional bairro de Campinas,  a Vila Operária.


O clube é um dos poucos no país que não possue dívidas. Em fase de crescimento patrimonial, evolução na gestão e do zelo na equação de receitas, a instituição encerrou 2023 com um superávit de 41 milhões de reais, mesmo estando na segunda divisão, o que limitou suas receitas.



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Atlético-GO quer ampliar seu estádio para 22 mil torcedores, mas plano ficará para 2025 | Foto: Ingryd Oliveira/ACG


O presidente Adson Batista, é grande nome por trás dessa evolução. Primeiro como diretor de futebol e agora nesta função. O principal nome do corpo diretivo do Dragão chegou ao clube em novembro de 2005, para a reta final da divisão de acesso do campeonato goiano.


A partir disso, a equipe deslanchou e se destacou, tanto em estrutura quanto em títulos.

Em um mercado bilionário, as instituições futebolísticas estão abrindo cada vez mais as suas portas para injeções financeiras, sempre com especulações sobre um novo investidor.


A mídia coloca em destaque transferências milionárias, contratos de patrocínio e investimentos estrangeiros. Isso influencia o público a enxergar o esporte como um negócio, reforçando a ideia de que o sucesso está diretamente ligado à sua capacidade capital. Com os bilionários usando o futebol brasileiro como  forma de expandir sua riqueza, a equipe goiana se mostra fiel às suas raízes.


Em uma coletiva de imprensa após uma partida, em setembro deste ano, Adson Batista declarou: “Estou buscando alternativas para termos credibilidade e crescer, mesmo nas dificuldades”, afirmou. O dirigente ainda ressaltou a dificuldade de se jogar uma Série A atualmente. “No campeonato as SAFs estão atropelando”, completou.

 

A Sociedade Anônima do Futebol (SAF) é um tipo específico de empresa, criado pelo Congresso Nacional em 6 de agosto de 2021. A legislação estimula que os clubes migrem da associação civil sem fins lucrativos para a empresarial. Essa iniciativa abriu a possibilidade de venda parcial ou total dos clubes para novos proprietários. Podem ser empresários, fundos de investimentos e até a abertura de capital na Bolsa de Valores.



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Pela quinta temporada consecutiva, o clube conseguiu fechar as contas com superávit. | Gráfico: Site GE


Atualmente, existem 8 exemplos de Sociedades Anônimas do Futebol na Série A, são eles: Botafogo, Fortaleza, Bahia, Cruzeiro, Atlético-MG, Athletico Paranaense, Vasco e Red Bull Bragantino. Para fins de comparação, o Botafogo gastou 372 milhões de reais para reformular seu elenco, enquanto o Atlético Goianiense gastou 4,1 milhões.


O equilíbrio entre contas e faturamento faz com que o time se torne um modelo para quem ainda trabalha com a tradicional gestão que nos habituamos. É comum criar narrativas em que quem tem os maiores poderes aquisitivos são os protagonistas do futebol moderno. Ao destacar constantemente os altos investimentos, o papel do capital é reforçado como algo indispensável ao sucesso esportivo. Esse enquadramento cria uma visão de que o dinheiro é o principal vetor de transformação no esporte, alimentando o ponto de vista de que, sem isso, não há sucesso.


Mesmo sem contar com um elenco recheado de craques, o Atlético conquistou 11 títulos em 19 anos, nove estaduais e dois nacionais, sendo essa a fase mais vencedora de sua história. Acertos do passado os levaram ao Brasileirão e permitiram que houvesse crescimento. No presente, a eficiência precisará ser mantida para que, no futuro, o dragão que voltou das cinzas possa vencer.


Com o fator da globalização e o crescimento da tecnologia, o futebol se torna cada dia mais popular. Aliado a isso, regiões com alta concentração de capital comprovam esse popularizava do esporte, principalmente a Arábia Saudita, que atualmente chama muita atenção pelas grandes cifras oferecidas a craques já consolidados, como, por exemplo, Cristiano Ronaldo, Neymar e Sadio Mané.


Em agosto deste ano, o Fundo Público de Investimento do governo saudita (PIF), Public Investment Fund, deixou claro o desejo de contar com Vinícius Júnior, atacante do Real Madrid, em uma longa relação: por cinco anos como atleta e 10 anos como embaixador para a Copa do Mundo de 2034, que será sediada pelo país. A oferta foi de 1 bilhão de dólares pelo período como jogador, mas foi rejeitada pelo atleta. Mesmo com a recusa, ficou claro o poder de compra e investimento que os sauditas possuem.


Pedro Rocha, repórter esportivo da Rede Globo, falou um pouco sobre o tamanho da influência que as cifras têm neste meio: “Por um lado, a ação do dinheiro no esporte é percebida nas grandes contratações que os clubes fazem, principalmente nas forças que surgem através dos fundos de investimento, como por exemplo, o Manchester City na Europa, por meio dos sheiks, e no Brasil vemos o Bahia e Botafogo. Isso, consequentemente, também influencia nos resultados em campo”, disse.



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John Textor é fundador e CEO da Eagle Football Holding, empresa proprietária de alguns times ao redor do mundo, entre eles, o Glorioso | Foto: Reprodução Botafogo


“Além disso, há a questão da mudança do estilo de pessoas que frequentam o estádio, devido ao aumento no preço dos ingressos. Não existem mais as festas nas arquibancadas que eram vistas antigamente, mas frequentar as partidas se tornou mais seguro, muito por conta dessa ação que o dinheiro causou”, complementou.


Pedro também comentou o fato do grande movimento de aumento no preço das transferências dos jogadores, que chega a superar a casa dos 700 milhões de reais: “São pessoas desconectadas da realidade, atletas que ganham milhões, algo que pessoas comuns não conseguem ter acesso, fazendo com que haja relações mais frias entre o clube e os torcedores”, afirmou.


A diferença nas transações são notórias. Em 2016, o francês Paul Pogba foi contratado pelo Manchester United por 110 milhões de euros, tornando-se o atleta mais caro da história. Entretanto, esse montante foi superado 14 vezes em um período de apenas 8 anos. Outro dado que chama atenção é que das 50 transferências mais valiosas do esporte, apenas duas foram feitas em anos anteriores a 2010, ambas para o Real Madrid, envolvendo Zinédine Zidane e Cristiano Ronaldo.




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É nítida a discrepância entre o maior valor de uma contratação de cada década. | Gráfico: Canva - Fonte: Transfermarkt


Guilherme Macedo, repórter do GE, comentou, sobre qual foi a principal mudança causada no esporte desde as grandes inserções de  capital por parte dos empresários bilionários: “Acredito que, especialmente nos anos 2000, passou a ser visto ainda mais como um negócio, tirando um pouco daquela visão romântica. Como qualquer outro lugar comercial, o futebol passou a ser visto como uma forma de escalada social”, argumentou.


O jornalista deixa claro que não são apenas que estão em campo que ganham destaque nisso: “Dirigentes e técnicos passaram a ser figuras economicamente valorizadas com o passar dos anos. Isso aumentou a concorrência pelas vagas em todos os setores, mas também fez subir os custos e, consequentemente, a necessidade de receita dos clubes. Isso impacta na busca por patrocinadores e no que é passado aos torcedores, tanto com a venda de ingressos quanto com a comercialização de produtos licenciados”, completou.


A lei da SAF possibilitou no Brasil algo já recorrente na Europa: a grande inserção de dinheiro nas instituições, aumentando a competitividade das competições e já mostrando efeitos, uma vez que Botafogo, Atlético Mineiro e Cruzeiro estão em finais continentais, e o Fortaleza, que é um time longe dos holofotes da imprensa, briga pela liderança do Campeonato Brasileiro.


O jornalista também opinou sobre a chegada das SAFs no país: “As questões financeiras que permeiam variam muito de acordo com os projetos apresentados. Vasco e Cruzeiro, por exemplo, tiveram essa mudança como uma forma de salvação, já que estavam afundados em dívidas. O Bahia viu no Grupo City uma forma de dar um passo adiante para tentar se tornar protagonista nos cenários nacional e internacional.”


A principal mudança que o aumento da aplicação de capital causou no desporto foi no público e na forma em que ele desfruta do jogo. A cada dia que passa, novas arenas com tecnologia de última geração são inauguradas, mas, para se sustentar, é necessário elevar o preço do ingresso, afastando assim os mais populares e apaixonados das arquibancadas.



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Em 5 anos, o valor do ticket médio praticamente dobrou, e essa tendência cresce juntamente com a construção de arenas e a formação de elencos caros.  — Gráfico: Canva - Fonte: Lance


Entretanto, para Guilherme Macedo, a SAF não é sinônimo de sucesso garantido: “O sucesso financeiro de toda SAF vai depender muito da qualidade da administração, assim como já ocorria nas associações. É ilusão imaginar que algum empresário ou grupo de investidores vai colocar dinheiro ‘infinito’ e aceitar prejuízos consecutivos no futebol. Empresas que não fecham balanços positivos estão sempre fadadas à falência, é bom lembrar”, acrescentou.


A participação dos sheiks do Oriente Médio também contribui para um certo  distanciamento e perda de paixão. São figuras polêmicas, com afinidade com os governos ditadores da Arábia Saudita e do Catar. Segundo o jornal francês ¨Libération¨, Nasser Al-Khelaifi, presidente do PSG, teria mantido o empresário franco-argelino Tayeb B. em cárcere privado por dez meses, após ele supostamente ter informações sobre o envolvimento de Al-Khelaifi em um esquema de corrupção para garantir a escolha do Catar como país-sede da Copa do Mundo de 2022.


De acordo com o jornal inglês ¨The Guardian¨, cerca de 6,7 mil trabalhadores, em sua grande maioria estrangeiros, morreram durante as obras de construção das arenas para o último mundial. Entretanto, as autoridades do Catar admitiram entre 400 e 500 mortes de trabalhadores imigrantes durante os 10 anos de trabalho.


Em relação ao processo de separação que a sociedade está tendo do futebol, Pedro Rocha e Guilherme Macedo falaram um pouco sobre o assunto. O primeiro disse: “Com a ampliação do preço do ticket médio, impulsionado pela construção dos novos estádios, os clubes têm mais lucro, o que resultou na contratação de atletas badalados. Isso causou uma mudança no perfil de quem acompanha, que, embora seja possível frequentar os estádios com mais tranquilidade, passou a ter menos sentimento envolvido."


Macedo também falou sobre a elitização das torcidas: “Não há como negar que houve elitização em função do encarecimento dos ingressos, que geram, semana após semana, rendas milionárias. Além disso, os preços de estacionamento, transporte e produtos alimentícios consumidos dentro e no entorno das arenas também subiram”, acrescentou.


O redator do GE também abordou o aumento nos custos para os torcedores: “Não podemos deixar de falar sobre outros aspectos que possuem grande impacto, como os altos valores dos produtos licenciados e os gastos para assistir aos jogos, mesmo longe das arquibancadas. Uma camisa atual de uma equipe grande, por exemplo, custa cerca de 350 reais, o que equivale a um quarto do salário mínimo no Brasil em 2024.”


O jornalista também entrou no âmbito tecnológico: “O problema é que tem sido mais complicado para acompanhar as partidas, mesmo à distância. Em primeiro lugar, porque não há um lugar único para assistir aos jogos, o que aumenta os gastos com pagamentos de streamings ou pay-per-view. Em 2025, diante da incompetência dos clubes na tentativa de criar uma única liga, as transmissões das partidas ocorrerão em diferentes plataformas.”


Concluindo, ele ressaltou a importância do público para seus respectivos times: “Hoje, um fanático precisa colocar o time do coração como prioridade para conseguir acompanhá-lo, seja nas arquibancadas ou à distância. Afinal, enquanto 50 mil estão nos estádios, milhões assistem ao time à distância, gerando receitas indiretas para os clubes”, finalizou.


Para entender melhor a influência disso dentro de campo, entrevistamos o ex-jogador do Grêmio, Ivo Dorte. “Com mais dinheiro, é possível ter uma estrutura melhor para os atletas, o que é muito importante e faz uma enorme diferença. Tem muita gente envolvida nos bastidores, como faxineiro, roupeiro, massagista. Pessoas que não ganham cifras milionárias, mas são essenciais no dia a dia”, disse.


Ao ser questionado sobre se as quantias recebidas pelos atletas podem ser prejudiciais para o desenvolvimento dos jovens, o ex-gremista respondeu que são poucos que recebem salários elevados e, por isso, é difícil que isso os atrapalhe. “As promessas em destaque, como Estevão e Endrick, possuem muito suporte de familiares e empresários, e por isso não terão dificuldades para lidar com o sucesso repentino. Atualmente, é pouco comum que um  alguém deste âmbito seja negativamente influenciado por receber remunerações altas”, afirmou.


Não é de hoje que o esporte é visto como um negócio para empresários. No Brasil, não faltam exemplos de investimentos pesados, mas sem planejamento a longo prazo. Em 1992, a empresa de laticínios Parmalat começou a patrocinar o Palmeiras, sendo responsável por uma era gloriosa, com 11 títulos, incluindo Libertadores, Copa do Brasil, Campeonato Brasileiro, Campeonato Paulista e Copa Mercosul. Contudo, em 2000, a parceria foi encerrada, e com um elenco badalado e grandes folhas salariais, o Palmeiras não conseguiu se auto sustentar, sendo rebaixado para a Série B em 2002.


Em circunstância muito semelhante, em 2004, o Corinthians firmou um contrato com a Media Sports Investment (MSI), que tinha a sede central localizada em Londres, e era representado no Brasil pelo empresário iraniano Kia Joorabchian. Logo no começo da parceria, segundo o blogo “Meu Timão”, a MSI investiu aproximadamente 115 milhões de reais, trazendo Carlitos Tevez, que, até hoje, é a contratação mais cara de um clube brasileiro. O resultado foi imediato, já que o clube conquistou o Campeonato Brasileiro de 2005, com Tevez sendo o grande destaque.


Entretanto Kia se envolveu em polêmicas e chegou a ser acusado de corrupção pela Polícia Federal. Com isso, de acordo com o blog, após os escândalos, a MSI deixou sua sede no Brasil e o clube paulista com uma dívida de 90 milhões de reais. Em 2007, o contrato foi oficialmente rompido, e no mesmo ano, o clube caiu para a segunda divisão do campeonato brasileiro.


Já na Europa, as injeções de capital são mais comuns, diferentemente daqui, onde são movimentos avulsos. Entretanto, em 2010, após o anúncio da sede da Copa do Mundo de 2022, o Oriente Médio passou a realizar este movimento com muita força, visando realizar grandes feitos para gerar impacto. Em 2011, o Qatar Sports Investments (QSI), representado por Nasser Al-Khelaifi, adquiriu o Paris Saint-Germain e iniciou uma série de ações, incluindo a contratação de Neymar, que custou 222 milhões de euros, a maior transação da história do esporte




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Neymar é o jogador que mais movimentou capital em transferências na história do futebol. — Foto: Getty Images


Na Arábia Saudita, o Abu Dhabi United Group, representado pelo sheik Mansour bin Zayed al-Nahyan, tornou-se proprietário do Manchester City e realizou contratações de peso, sendo a mais notória a de Pep Guardiola, em 2016, considerado por muitos o melhor técnico do mundo. Em 2022, a Arábia Saudita começou a focar na formação de equipes fortes, com um perfil de transferências voltado para jovens promessas, como Bento, João Cancelo e Marcos Leonardo. O objetivo era formar 0,grandes elencos e transformar a cultura do país por meio disso, em vez de colocar todo o destaque em apenas uma estrela.




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A liga da Arábia Saudita é dominante quando se trata de salários - Gráfico: Canva - Fonte: Forbes


O futebol sempre foi alvo de investimentos, mas o movimento controverso para o Catar sediar a Copa do Mundo de 2022 foi o grande marco para as altas cifras que se tornaram comuns nos dias de hoje. O pequeno país, sem tradição no esporte, mas rico em petróleo, venceu os Estados Unidos por 14 votos a 8 na disputa para sediar o maior evento esportivo do mundo.


Em 2020, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos indicou o pagamento de propinas relacionadas à candidatura do Catar. O caso veio à tona no contexto do “Fifagate”, a maior investigação sobre corrupção na história do desporto. Conforme foi relatado pelo jornal britânico “The Sunday Times”, governo do Catar foi acusado de ter pago 880 milhões de euros à FIFA para comprar votos em favor de sua candidatura. A oferta teria sido feita 21 dias antes da votação do país-sede do torneio.


Em 2022, Josep Blatter, presidente da FIFA na época do escândalo, reconheceu, ao jornal suíço “Tages Anzeiger” que a decisão de conceder a sede da Copa do Mundo ao Catar, ao invés dos Estados Unidos, foi um erro. O suíço renunciou ao cargo após denúncias e foi banido das atividades da entidade, cumprindo uma suspensão de seis anos, após ser condenado pelo Comitê de Ética da FIFA.


Atualmente, a perspectiva de mudança no cenário que estamos enfrentando é pequena. Isso ficou evidente em 2023, quando a FIFA fechou o grande acordo de sua história com a Aramco, petrolífera estatal da Arábia Saudita, que tem realizado atividades milionárias no esporte, inclusive por meio de outros patrocínios, como a Fórmula 1, a Premier League de Críquete da Índia e o Ladies European Tour de golfe. De acordo com o jornal britânico ¨The Times¨, o valor do contrato será de 92 milhões de euros por ano, com vigência de dez anos, até a Copa do Mundo de 2034, que será disputada na Arábia Saudita.




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Em 2022, a Aramco registrou um lucro recorde de US$ 161 bilhões, o maior resultado anual já alcançado por uma empresa de capital aberto. — Foto: Maxim Shemetov


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